Na última celebração do 1º de Maio, em Lisboa, as sardinhas assadas foram servidas num prato que gerou algum “sururu”. O tom acastanhado, por ser feito com farelo de trigo, levou as pessoas a confundirem o prato biodegradável e comestível com a típica fatia de pão. A Soditud, startup com sede em Santarém, também faz tigelas e talheres, mas, ao contrário dos pratos, estes só não se comem porque contêm bioplástico (derivado de fontes renováveis), que lhes dá a resistência.
Quando Pedro Cadete e Luís Simões, amigos desde os tempos da universidade, descobriram na internet umas palhinhas que podiam comer-se, feitas de amidos de milho e de batata, iniciaram o negócio à volta dos descartáveis amigos do ambiente. Os dois já sabiam que objetos de plástico como cotonetes, tampas, garrafas e sacos são dos mais encontrados nas praias, num top ten liderado pelas “beatas” dos cigarros, segundo a Associação Portuguesa do Lixo Marinho. “O nosso objetivo é minimizar esta lista”, destaca Pedro. No catálogo de louça descartável ainda faltam os copos. “Do café muito quente aos granizados gelados vai uma grande diferença, com imensas texturas e temperaturas. É difícil encontrar um meio-termo que dê para todas as bebidas”, explica.
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